28 de abr. de 2010
Circo Estaner on line
Se tiverem interesse:
http://www.offtopicsite.tk/
25 de abr. de 2010
preparações - Circo Estaner
Estou muito feliz em finalizar essa etapa porque já me abre espaço para eu pensar em realizar outros trabalhos e principalmete em dar continuidade a essa pesquisa com os pequenos circos no interior da Bahia.
Por isso nunca esqueçam de me avisar quando vocês avistarem uma lona de qualquer cirquinho por ai na região. valeu?!
Ai está o meu convite ...
24 de abr. de 2010
Preparações para a Feira de Cultura
1. Para as fotografias realizadas em cima da idéia da tristeza e o poema de Arnaldo Antunes, criar uma caixa "televisão" pela qual se pode observar imagens. O observador olha por uma fresta em um lado da caixa e no outro lado aparecem as imagens. As imagens serão impressas em um papel fotográfico leve e esticadas/enroladas em duas madeiras que o observador pode operar à mão por uma alça externa, passando pelas imagens à vontade.
2. Criar um ambiente interativo para a apresentação das fotos de Vidas Secas, montando as imagens e texto num muro de esteiras e enfeitando o lugar com outros objetos simbólicos da obra de Graciliano Ramos.
3. Fazer uma peçinha de alguns trechos do capítulo "Fabiano" e apresentar a peçinha no cenário de Vidas Secas. Os atores poderiam ser alunos de fotografia ou alguns participantes de curso de teatro selecionados por Francisco.
4. Estreiar o expo-jegue, ou seja, um jegue decorado com fotografias. Ele ficaria fora da barraca e, quando acompanhado por um aluno, poderia dar uma volta na praça.
O que mais tem para acresentar? Quais idéias faremos? Todas?
Aliás, conversamos sobre o mapeamento de manifestações culturais que tem acontecido no município ao longo do último mês e, na próxima semana, todos voces terão a oportunidade de participar. Formaremos equipes de 3 pessoas e sairemos ou na quinta ou na sexta para entrevistar productores de cultura, cadastrando pessoas, fotografando e filmando.
A tarefa para casa, então, envolve a seleção de um sujeito produtor de cultura. Cabe nessa definição de cultura: produtores de artesanato (retalho, bordado, cesta, esteira, vassoura), músicos, rezadeiros, contadores de histórias, etc. Na seleção de um sujeito lembra que deve ficar dentro do município de Capim Grosso e ser acessível à pé ou por bicicleta. Para os grupos que saem na sexta, terá um carro disponível para nos levar!
E para os alunos que ainda não decidiram num tema para o trabalho da Gal, será uma boa oportunidade de se envolver no método da etnografia e talvez se inspirarem. Pense bem e nos encontraremos esta semana com novas idéias e reflexões!
Até, fotógrafos...
16 de abr. de 2010
Fotografia Etnográfica
após uma semana de encontros, hj finalizamos nosso primeiro módulo do curso
de fotografia etnográfica, fiquemos no aguardo, agora, das nossas reflexões e imagens!
Saudações, Gal Meirelles
12 de abr. de 2010
Transições #2
Ao refletir sobre o estado da poesia brasileira, o Vinicius de Moraes declarou:
Poesia não é uma coisa que se invente. Ela está ai, imanente, no céu, no ar, no fogo, no mar, nas montanhas, nos homens, nas mulheres, nas crianças, nos animais domésticos, nas feras, nas águas e nos sabiás, nas sardinhas e na baleia, nas frutas, nas pedras, nos minérios, na luta pela liberdade, na vida e na morte, em tudo o que existe e por existir. Os poetas é que não têm peito para assumi-la, em todas as suas terríveis exigências. Em fim, os caras não estão muito afins de se queimarem para valer. Não é poesia que falta, mas poetas.
Como uma caneta, a máquina fotográfica nos proporciona essa possibilidade de sermos poetas.
Uma vez testemunhos a esse casamento eterno entre a imagem e palavra, entre a poesia e o sentimento, paramos para nos perguntar:
Teremos o peito para buscar a poesia nas nossas próximas fotografias?
Transições #1
Olhando para trás, basta dizer que a fotografia que praticamos mudou. O enriquecimento da nossa linguagem através da metáfora e as possibilidades conotativas da imagem levou o olhar a lugares privados, íntimos, ausentes de referências aos espaços cotidianos que tínhamos explorado antes. Á esfera das emoções.
Na busca de definir a tristeza o objeto simbólico impregna a foto com possíveis significados. A maçã mordida da Kilvia. As unhas laranjas-néon e sombras fundas da Lulu. Entrou na viagem das imagens? Envolveu-se nos desafios de procurar signifcado? Foi emocionante? Divertido? Desorientador?
Como qualquer linguagem artística, a fotografia ilumina no dialogo que provoca, na comunicação, se não, ela não funcionará como expressão, como arte.
Ora, qual a importância para Capim Grosso e a construção de um livro de fotografias voltadas para a fotografia documental? Aonde cabe a poesia num projeto fundamentado no realismo? Na pesquisa etnográfica?
Ler novamente um trecho do capítulo Fabiano de Vidas Secas em que o próprio Fabiano imagina uma cena de família em casa:
Agora queria entender-se com a Sinha Vitória a respeito à educação dos pequenos. Certamente ela não era culpada. Entregue aos arranjos da casa, regando os craveiros e as panelas de losna, descendo ao bebedouro com o pote vazio e regressando com o pote cheio, deixava os filhos soltos no barreiro, enlameados como porcos.
Comparar as imagens desse trecho com as dos alunos do curso do semestre passado.
Viu dona Sinha Vitória subindo na ladeira com o pote cheio? Viu os filhos enlameados? Viu o paralelo?
Há bastante poesia no cotidiano, é só saber procurá-la, lembrando sempre que o símbolo e metáfora também têm importância na fotografia documental, conectando experiências individuas e fragmentárias com as idéias, valores e modos de viver que também constituem o coração do nosso retrato de Capim Grosso.
Quais os significados das imagens em cima? Por que colocar uma imagem dessas num ensaio fotográfico sobre Capim Grosso? O que pensaria Graciliano Ramos? O Fabiano?
8 de abr. de 2010
o escritor pelo fotógrafo
Um dia, depois de ter lido a obra de Graciliano Ramos resolveu viajar pelo sertão cearence em busca do universo desse autor. De que mundo Graciliano partiu para narrar suas histórias?
Desse trabalho surgiu o livro "O chão de Graciliano". Algumas fotos nos inspiraram em sala, aqui coloco mais algumas para que não se esqueçam.
7 de abr. de 2010
Vidas Secas
Em sala lemos juntos o capítulo "Fabiano" e juntos sentimos a vida de homem-bicho de um homem do sertão perseguido pela seca, pelo descaso, pelo coronelismo, pelo receio de querer ser homem, pela certeza de que se é bicho.
Do trecho realista as imagens brotam...os sentimentos brotam...vemos o nosso povo, vemos Capim Grosso, vemos as injustiças....vemos muitas outras coisas.
Nosse exercício, então, é transformar em imagens tudo isso que brota, tudo isso que vemos. Que universo estamos falando? Quem são esss pessoas, como vivem, o que comem, como danças, como enfeitam suas casas, seus corpos....com o que sonham? Vamos atrás dessas imagens, vamos atrás desse mundo, mas sem querer ilustrar a obra de Graciliano, ou seja, não é atrás dos personagens que vamos e nem das cenas que acontecem....vamos atrás do que fica em nós depois que lemos o livro, depois que entendemos o livro.